terça-feira, agosto 28, 2007

Erotismo após....

O BOM VICIO DE SER FELIZ SEXUALMENTE, DEPOIS DOS 55


cada um pode estabelecer o seu próprio conceito de idoso é-se velho quando se diz: suponho que estou velho



não existe, idade na qual a actividade sexual, os pensamentos sobre sexo ou o desejo acabem





Um idoso que desvie-se do estereótipo e que reclame uma vida sexual activa é considerado como " um louco” “um homem degradante", mesmo que ainda possua capacidades físicas para as obter. Porém o idoso é relutante em verbalizar os seus sentimentos sexuais com receio de ser considerado como " depravado ou luxurioso" o que continua a cristalizar o mito do ser assexuado que é o idoso.


A ideia de que as pessoas idosas também possam manter relações sexuais não é culturalmente bem aceite, preferindo-se ignorar e fazer desaparecer do imaginário colectivo a sexualidade da pessoa idosa.

Muitas pessoas têm dificuldade em acreditar que as pessoas mais velhas são seres sexuais, possivelmente porque isso seria aceitar que os seus pais possuem interesses sexuais...






Apesar dos preconceitos, a velhice conserva a necessidade psicológica de uma actividade sexual continuada, não existindo pois, idade na qual a actividade sexual, os pensamentos sobre sexo ou o desejo acabem .


Devido ao desconhecimento e à pressão cultural, numerosas pessoas, nas quais é intenso o desejo sexual, experimentam um sentimento de culpa e vergonha, chegando a crer-se "anormais e aberrantes" pelo simples facto de se aperceberem com vontade do prazer.

Nos idosos a função sexual está comprometida, em primeiro lugar pelas mudanças fisiológicas e anatómicas do organismo produzidas pelo envelhecimento.
Mas de um modo geral na ausência de doenças , apesar das mudanças fisiológicas e anatómicas produzidas, tanto os homens como as mulheres podem continuar a desfrutar da relação sexual. E segundo os psicólogos Gomes, Albuquerque e Nunes (1987) a regularidade sexual ao longo da vida e um bom estado de saúde física e mental são as grandes determinações duma vida sexualmente activas depois dos 60 anos .

Aliás até possui vantagens o facto de se ser activo sexualmente pois: existe um retardamento da alteração dos órgãos genitais; mantêm as secreções vaginais; permite o retardamento do estreitamento do orifício valvular; leva as mulheres e os homens a cuidarem mais do seu corpo; obriga a higiene do corpo e das zonas genitais; fortalece a auto-estima; diminui os estados depressivos; apazigua o stresse relacional; permite o bem estar pessoal e muito mais...

Uma área tabu da sexualidade diz respeito ao estereótipo de poder ser praticada em lares e instituições o que provoca que os idosos vivam em estado de celibato. Isto dever-se-á ao facto da existência de conceitos relacionados com a ignorância, crenças, mitos do pessoal técnico dessas instituições acerca da sexualidade dos idosos assim como da sua própria. A atitude de pessoal que dirige as instituições costuma por vezes ser extremamente conservadora, criando dificuldades acrescidas aos que aí residem. Esta atitude juntamente com a falta de espaços e condições adequadas fazem com que seja praticamente impossível viver qualquer forma de sexualidade dentro delas.

A adaptação comportamental do casal, no que se refere ao sexo, é a solução para a manutenção da potência sexual. As mudanças físicas do processo de envelhecimento raramente são capazes de impedir a função sexual de modo completo.


Os casais com envolvimento afectivo importante e relacionamento harmonioso, que desenvolvem muito contacto íntimo e cuidados mútuos e que se importam com o prazer um do outro, tendem a adaptar-se melhor ao declínio natural .
A sexualidade não sendo só genitalidade mas também afectividade revela a troca de afectividade entre dois seres.

Assim será necessário devolver ao corpo o prazer de funcionar , o prazer de comunicar emoções. Apesar do envelhecimento ser um processo natural , uma vida activa do idoso contribui para atenuar os seus efeitos físicos, psíquicos, sociais e sexuais na sua plenitude.

Envelhecer é um privilégio. Existem é certo, limitações que o tempo inevitavelmente faz aparecer, contudo o nosso pensamento que condiciona as nossas atitudes pode promover a fruição de sentimentos de auto-estima, de pertença e de harmonia futura.



( artigo de Raquel figueiredo publicado na revista Bons Vicius)

2 comentários:

Mary López Gabaldón disse...

esta genial hablar de sexo con tantisima naturalidad
y es que no es algo normal¿?¿?

Anónimo disse...

Velhice não é doença

Sexo não é depravação

Espalha a palavra, esclarece o povo

Não pares de escrever nunca

Minha fonte de inspiração