sexta-feira, dezembro 14, 2007

CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA












contracepção de emergência:


Consiste, fundamentalmente em três métodos:

Pílulas contraceptivas de emergência - podem ser tomadas até 72 horas após a relação e são conhecidas como "pílulas do dia seguinte". Segundo alguns estudos estas pílulas mantêm ainda uma eficácia elevada (cerca de 97%) até 5 dias depois da relação de risco.

D.I.U. - até 7 dias após sexo sem protecção pode proceder à colocação de um D.I.U..
Misoprostol - existe ainda a possibilidade de tomar uma dose elevada de Misoprostol até às 48 horas.

Pílula Abortiva RU-486 - ainda não comercializada em Portugal, esta pílula está também disponível nalguns mercados; pode ser utilizada até às 9 semanas após a última menstruação.




PÍLULA DO DIA SEGUINTE:

Previnem gravidezes indesejadas, após relações não protegidas, com bastante eficácia (cerca de 85 a 98%).
Podem evitar um aborto cirúrgico.


Pode haver náuseas ou vómitos.

Há algumas situações em que pode ser perigosa a sua toma, nomeadamente aquelas em que também existe contra-indicação para a toma das pílula normais pelo que se deverá sempre consultar um médico.

Não deve ser utilizada repetidamente, sob risco de prejuízo para a saúde.


Três semanas após a tomada das pílulas, deve fazer uma consulta médica a fim de considerar um (novo) método contraceptivo e também excluir a possível falha da contracepção de emergência.

Sendo um método que em algumas circunstâncias pode ser considerado abortivo, pode trazer consequências psicológicas para a mulher


QUANDO TOMAR A PILULA DO DIA SEGUINTE ?

Se teve uma relação sexual em que nenhum dos parceiros utilizou um método contraceptivo, e haja risco de gravidez;

Se esqueceu de tomar a sua pílula contraceptiva para além do prazo máximo admitido após a última toma: neste caso, leia o folheto informativo da sua pílula contraceptiva;

Se o preservativo do seu parceiro se rompeu ou se ele se esqueceu de o utilizar, e haja risco de gravidez

Se receia que o seu dispositivo intra-uterino tenha sido expulso;

Se o seu diafragma vaginal ou o seu cone vaginal se deslocou ou foi retirado antes de tempo, e existe risco de gravidez;

Se receia que o método do coito interrompido tenha falhado ou se, utilizando o método da abstinência periódica, teve relações sexuais durante o seu período fértil;

Em caso de violação, havendo risco de gravidez.





D.I.U DE EMERGÊNCIA


Até 7 dias após uma relação não protegida, pode-se aplicar um determinado tipo de dispositivo intra uterino (D.I.U. para evitar uma gravidez.
Deve ser o médico a decidir se esta medida é adequada.

Este procedimento vai evitar que o recém fertilizado ovo se implante no útero.


Pode ser colocado até 7 dias após as relações.
É mais eficaz que as pílulas contraceptivas de emergência. Taxa de falhas: cerca de 0,1%.

Uma vez colocado, passa a funcionar como um D.I.U. normal, com os efeitos contraceptivos permanentes já vistos.
Pode ser utilizado pelas mulheres que não podem tomar as pílulas contraceptivas de emergência.




Pode haver dores e sangramento após a inserção.
Não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis.
Em Portugal, havendo muitos Centros de Saúde onde ainda não existem consultas de planeamento familiar, pode ser difícil conseguir a aplicação gratuita e segura deste método.
Existem várias contra indicações a ter em conta



Misoprostol

Trata-se de um medicamento normalmente utilizado para o tratamento das úlceras do estômago e gastrites que, tomado em altas doses, vai provocar alterações e forçar o ovo a abortar por expulsão.

O Misoprostol causa contracções no útero. Como consequência, o útero expele o produto da gravidez. A mulher terá dores fortes, hemorragia mais intensa do que na menstruação normal, náuseas, vómitos e diarreia.
A mulher corre o risco de hemorragia muito forte; se assim acontecer, tem de ser assistida por um médico.


-Bastante eficaz até às 48-72 horas. A eficácia ainda é elevada até às nove semanas, mas depois desse prazo a toma de misoprostol está contra-indicada a não ser com rigorosa vigilância médica





Pìlula Abortiva RU-486 (topo)

O RU-486 é uma pílula que causa um aborto médico por bloqueio do efeito da progesterona na parede do útero, impedindo-o de receber o ovo recém fertilizado. Normalmente deve ser seguido da ingestão de misoprostol 48 horas após a toma. Tem uma taxa de eficácia de 95%.



Evita o aborto cirúrgico.
É eficaz.
Poucos efeitos secundários.
Pode ser tomado até 9 semanas após a última menstruação
Podem ocorrer dores.
Hemorragia até cerca de 9 dias após a toma.
Podem existir sentimentos de culpa.
Podem haver efeitos a longo prazo sobre a fertilidade (ainda mal estudados).

PILULA





O anticoncepcional hormonal combinado oral, popularmente conhecido como pílula é o método mais aceite e usado pelas mulheres para o controlo da natalidade.


Existem dois tipos de pílulas:

-Combinadas: contêm duas hormonas - estrogéneo e progestativo (substância que actua estimulando a progesterona), e podem ser monofásicas ou trifásicas.

- Progestativo: contém só um progestativo (substância que actua estimulando a progesterona).
As primeiras previnem a gravidez inibindo a ovulação e diminuindo a espessura da camada de revestimento interna do útero (endométrio). Têm uma taxa de falhas de 0,1 a 1%.

As progestativas (também conhecidas por mini-pílulas) actuam por espessamento do muco cervical - o líquido viscoso que se encontra à entrada do útero, e diminuem a espessura do revestimento do útero (endométrio). Por vezes também inibem a ovulação. Têm uma taxa de falhas de 0,5 a 2%.



Quando tomado CORRECTAMENTE, a sua eficácia pode chegar a 98%.

-Possui a vantagem de ser fácil de usar,
-não interfere na espontaneidade do acto sexual,
-é acessível,
-pode regular o ciclo menstrual
-evita as cólicas.


Composição

A pílula anticoncepcional moderna é composta de estrogênio combinado com progestogênio para impedir que a concepção ocorra.
Por existirem algumas variações na combinação do estrógeno com a progesterona, cabe ao médico decidir qual o que mais se adequa à cada mulher em particular. Contudo, as pílulas contraceptivas modernas contém quantidade mínima de hormônios e os efeitos colaterais são, geralmente, insignificantes e toleráveis.

Acção

A pílula anticoncepcional tem como finalidade inibir a ovulação devido à acção particular sobre a hipófise para bloquear a produção de gonadotrofina. Ela altera o muco cervical e torna-o nocivo à migração dos espermatozóides, interfere na contratilidade das trompas de Falópio comprometendo a condução do óvulo, altera o endométrio e interfere na reação dos ovários sob a influência das gonadotrofinas.

COMO USAR?

deve ser tomada no primeiro dia da menstruação no primeiro mês de uso, sempre na mesma hora, durante 21 dias




Deve-se começar a tomar no primeiro dia da menstruação.

tomam-se as 21 pílulas ao ritmo de uma por dia e mais ou menos à mesma hora.

O facto de ser à mesma hora tem mais a ver com a criação de um hábito e assim evitar o esquecimento. Na verdade, mesmo que atrase ou adiante a toma algumas horas em relação ao horário habitual, o efeito mantém-se, a não ser que exceda o período limite de 12 horas.

No fim da carteira fará um intervalo de 7 dias. Normalmente cerca do 4º dia aparece uma hemorragia do tipo das hemorragias menstruais. Por vezes essa hemorragia pode ser mais ligeira ou mesmo inexistente.
Não tendo havido enganos na toma, isso não significa que a pílula perdeu eficácia ou que existe uma gravidez.

No fim dos 7 dias, portanto ao oitavo dia depois de iniciada a pausa, deve começar uma nova carteira.
Como a carteira tem 21 pílulas e o intervalo é de 7 dias, isto quer dizer que vai sempre iniciar as novas carteiras no mesmo dia da semana.

Se teve um parto e não está a amamentar, deve iniciar a pílula no 21º dia após o parto. O efeito será imediato. Se iniciar depois disso, deverá utilizar precauções adicionais durante 7 dias.


Se houver esquecimento ou não for possível tomar a pílula no horário habitual, deve o fazer dentro do intervalo das 12 horas seguintes.
Caso ultrapasse as 12 horas da tomada da última pílula, a eficácia contraceptiva estará diminuída, sendo recomendado combinar outro método, preferencialmente um de barreira, evitando os naturais.
De qualquer forma, a mulher deverá dar seqüência às tomadas seguintes para evitar sangramento intermenstrual indesejável e fora dos dias previstos.



Se tiver sido iniciada no primeiro dia da menstruação, é eficaz desde a primeira vez que se toma, visto nesse mês já não ir ocorrer ovulação e portanto não poder haver gravidez.

No caso de não a iniciar no primeiro dia, é conveniente utilizar um método adicional de segurança (por exemplo o preservativo) durante sete dias.



A regra geral é fazer como se mantivesse a mesma pílula: no fim de acabar a carteira da marca antiga, faz-se a pausa dos 7 dias e depois inicia-se a nova marca. O efeito contraceptivo não irá ser alterado.



Que fazer se se esquecer de tomar a pílula?
Depende do tipo de pílula e do dia de ciclo. Siga o calendário seguinte para saber o que fazer no caso da pílula combinada:

1. Há quanto tempo deveria ter tomado a pílula?
Menos de 12 horas - tome a pílula assim que se lembrar. Continua protegida contra a gravidez.
Mais de 12 horas - veja a questão n.º 2


2. Em que dia se esqueceu de tomar a pílula ?

Dia 1-7: Tome a pílula assim que se lembrar. Use preservativo ao praticar relações sexuais nos 7 dias seguintes, como protecção extra.
Importante: Teve relações sexuais na última semana antes do esquecimento? Consulte o seu médico e discuta se quer tomar a pílula do dia seguinte.

Dia 8-14: Tome a pílula assim que se lembrar.
Se se esqueceu de tomar uma pílula, continua protegida contra a gravidez.
Se se esqueceu de tomar duas pílulas consecutivas, deve usar preservativo ao praticar relações sexuais nos 7 dias seguintes, como protecção extra.
Importante: Teve relações sexuais na última semana antes do esquecimento? Consulte o seu médico e discuta se quer tomar a pílula do dia seguinte.

Pílula Dia 15-21 há duas coisas que pode fazer:
1- considere o dia em que se esqueceu de tomar a pílula como o primeiro da semana de descanso. Comece uma nova embalagem passados 7 dias.
2- Tome a pílula assim que se lembrar. Tome o resto da embalagem e NÃO faça a semana de descanso, começando a tomar a nova embalagem de seguida. Durante a próxima embalagem pode ter pequenos sangramentos.




Eficácia

As principais causas de falhas contraceptivas estão relacionadas a problemas gastrintestinais que impedem a absorção da pílula, ao esquecimento da tomada correta. Em condições ideais de uso, a eficácia da pílula anticoncepcional é considerada em torno de 95%, portanto, um dos mais confiáveis.

Efeitos colaterais

Ao tomar a primeira carteira de anticoncepcionais orais pode surgir, ocasionalmente, pequena hemorragia que, aos poucos vai desaparecendo até que o organismo se adapte.

Os anticoncepcionais actuais, devido à baixa dosagem de hormônios (estrogênios e progestogênios), são melhores toleráveis para o organismo e, por isso, apresentam efeitos colaterais indesejáveis mínimos.

Durante os primeiros três meses de uso, podem surgir náuseas, dores de cabeça, tensão emocional, e uma leve tendência a aumentar de peso corporal. À medida que o organismo vai se adaptando, estes sintomas desaparecem por completo. É oportuno ressaltar que o ganho de peso pode estar relacionado a alterações no comportamento alimentar ou por tendência orgânica a reter água. Se houver intensificação ou persistência destes sintomas, a mulher deverá se consultar com o seu médico para a mudança do medicamento ou de método.

Vantagens

Além de ser um método bastante eficaz, barato e apresentar apenas reações adversas insignificantes, controlam o ciclo menstrual irregular, aliviam as cólicas menstruais e a tensão pré-menstrual. O uso habitual de anticoncepcionais orais previnem e melhoram determinadas doenças. As pílulas anticoncepcionais podem ser prescritas para mulheres com até 50 anos de idade, desde que sejam sadias e não apresentam nenhum hábito pernicioso à saúde.

Advertência

A mulher que faz uso de outros medicamentos deverá ser orientada por seu ginecologista com relação à possibilidade de neutralização ou redução do efeito anticoncepcional da pílula.

A pílula também pode interferir na ação terapêutica de alguns anti-hipertensivos quando usados simultaneamente.

Existem alguns antibióticos que se sabe diminuírem a eficácia da pílula.
Para saber se determinado medicamento tem este princípio activo, deve consultar a literatura que o acompanha.

Como com muitos antibióticos é impossível prever se essa baixa de eficácia se vai verificar, é conveniente utilizar em conjunto com a pílula outro método contraceptivo, como por exemplo o preservativo.

Essas precauções extra devem durar durante a toma da medicação e até uma semana após a ter terminado o medicamento. Não deve no entanto suspender a pílula.


É sempre aconselhável, estando a tomar a pílula, perguntar ao seu médico ou ler nas informações que acompanham os medicamentos, se existe risco de diminuição do efeito contraceptivo.

O uso de anticoncepcionais deve ser prescrito somente pelo médico, de preferência ginecologista, devendo a mulher evitar utilizá-los por indicação de leigos ou comprá-los directamente na farmácia .


Como fazer para alterar a data dos períodos?


Se quiser evitar o aparecimento do período menstrual, e no caso de estar a tomar uma pílula monofásica (todas iguais e da mesma cor) é simples: basta não fazer o intervalo dos 7 dias e continuar de imediato com a nova carteira.


Pode haver um risco acrescido de se sofrer dos efeitos secundários da pílula (lk) (desde algum eventual mal estar até problemas de excesso de colesterol).
Eventualmente este método pode ser útil nas mulheres que têm tendência para se esquecer do reinicio das tomas após os dias de pausa.

No caso de se querer adiar a hemorragia por alguns dias é simples: basta continuar a tomar a pílula sem intervalo até chegar ao dia conveniente, e então parar.

No caso das pílulas trifásicas (reconhecíveis por terem três qualidades de pílulas de dosagens e normalmente também de cores diferentes, para além do nome geralmente começar por “Tri”), a situação é mais complicada:

Enquanto quiser adiar a hemorragia de privação, deve utilizar apenas as pílulas da última série e não outras. Isto quer dizer que vai ter que comprar várias carteiras e deitar fora muitas pílulas não utilizadas (as duas primeiras séries).
A razão de ser deste procedimento é que como as pílulas do início das carteiras trifásicas têm dosagem inferior às do fim, se passar destas para aquelas, ao descer na dosagem poderá à mesma dar-se uma hemorragia


O risco de cancro de mama é praticamente o mesmo entre utilizadoras e não-utilizadoras de ACOs. Nos tumores malignos do endométrio (camada mais interna do útero) e do ovário, a pílula exerce um efeito protetor - as utilizadoras de ACOs apresentam metade do risco de cancro de endométrio e ovário das não-utilizadoras.
No entanto, o uso de contraceptivos orais por mulheres jovens parece associar-se ao surgimento de miomas uterinos (tumores benignos) na pré-menopausa, mas são necessários outros fatores reprodutivos (a pílula não leva a culpa sozinha...).
Quanto à relação entre cancro do colo do útero e uso de ACOs, parece não existir consenso - alguns estudos indicam um aumento na incidência, mas nada está definitivamente comprovado



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Espumas, Cremes e Vaginais Espermicidas







Apresentam-se sob a forma de :

- Cremes, (ex. Pharmatex,)
- Geleias, Espumas (ex: Delfen),
- Cones e Comprimidos Vaginais (ex: Pharmatex).


Quando utilizados isoladamente, tem uma taxa de falhas de 6 a 20%.




Os espermicidas são produtos que se colocam dentro da vagina antes da penetração para destruir a ação fértil dos espermatozóides.


Os espermicidas são encontrados sob a forma de geléias, supositórios, tabletes, espumas e supositórios. Os cremes, as geléias e as espumas agem pouco após à sua colocação, enquanto que os tabletes e supositórios demoram cerca de 10-15 minutos para se dissolverem.

Devido à eficácia ser apenas relativamente confiável, é desaconselhável utilizar os espermicidas como método contraceptivo exclusivo, sendo portanto recomendado que seja associado ao uso do diafragma ou condom ou com algum outro método.

Caso haja reações alérgicas a mulher deverá interromper o seu uso.

Mesmo não sendo necessária a prescrição médica rigorosa para a sua utilização, as usuárias deverão ser orientadas por pessoal de saúde capacitado.

Os espermicidas são cremes, supositórios, espumas ou geléias colocados dentro da vagina antes da relação
Os comprimidos e óvulos demoram para dissolver, por isso devem ser colocados na vagina cerca de 15 minutos antes da relação. As geléias, cremes e espumas podem ser colocados imediatamente antes da relação.



VANTAGENS


- o controle sobre a contracepção.
- são acessíveis em qualquer farmácia ou mesmo em certos supermercados.
- Podem ser colocados na vagina entre 20 a 30 minutos antes das relações, e são eficazes de imediato.
- não existem efeitos indesejáveis sobre o organismo.
- Não é necessário retirar o pénis logo após a ejaculação.
- também são lubrificantes


DESVANTAGENS

- Não protege contra a SIDA
- podem ser irritantes para a vagina (se isso acontecer, mudar de marca e de tipo de espermicida)
- taxa de insucesso bastante elevada - utilizar conjuntamente com o preservativo e/ou o diafragma .






Instruções:
Leia atentamente as instruções de uso que acompanham cada produto especifico.

Introduzir o espermicida profundamente na vagina.

O intervalo entre a aplicação do espermicida e a relação sexual não deve ultrapassar os 20 a 30 minutos.

Deverá efectuar uma nova aplicação de espermicidas sempre que ocorra nova relação.

O Duches vaginais não deverão ser efectuadas nas 6 horas seguintes ao acto sexual