quinta-feira, agosto 30, 2007

Meninas e Senhoras MASTURBEM-SE ; descubram e tenham prazer

MASTURBAÇÃO FEMININA - 1ª PARTE











Toque seu corpo com privacidade e calma. Olhe-se no espelho e perceba os detalhes.

Ter consciência do corpo e conhecer as suas áreas mais intensas permite-lhe ser mais receptiva e ter mais prazer. A intenção é mostrar que não é só a zona genital que precisa ficar erotizada: o corpo inteiro deve participar do processo, da ponta dos pés à raiz dos cabelos


a. Faça movimentos circulares com a bacia.
b. Movimente a pélvis para frente e para trás.
c. Deitada, bem relaxada, respire levando o ar para o baixo ventre. Sinta-o tomar espaço na região, liberando a tensão contida, que faz com que a sensibilidade fique bastante diminuída.
d. Contraia a musculatura interna da vagina e do colo do útero. Tome consciência dessa região, porque é uma parte do corpo que não se vê. Em seguida relaxe.
e. Deitada no chão, com os olhos fechados, movimente a bacia para cima, para baixo e para os lados, percebendo como o quadril se encaixa no solo.



Apesar de culturalmente acreditar-se no contrário, na fase adulta a masturbação continua sendo uma importante fonte de gratificação sexual e, para muitas mulheres, constitui-se no único meio de obtenção de orgasmos.

Através dela, a Mulher pode sentir-se dona do seu próprio prazer, sem precisar submeter-se a uma relação a dois não gratificante apenas para obter prazer sexual, além dela poder tornar-se uma demonstração de amor próprio, visto que este será um tempo que ela dedicará só a exploração do seu próprio corpo e à procura do prazer. É um momento reservado para ouvir os desejos do corpo.

Como funções mais específicas desta fase, pode-se citar:
- relaxar após actividades stressantes;
- compensar a ausência de um parceiro;
- aliviar a tensão sexual após a cópula entre parceiros que funcionam em ritmos diferentes e que não tenham alcançado o orgasmo;
- imprimir aos jogos eróticos uma NOVA FORMA DE OBTER PRAZER libertando-se dos reducionismos da mera penetração vaginal, tão comum nos relacionamentos prolongados;
- isentar-se de um relacionamento arriscado e descompensador;
- viver um prazer autoconquistado, isentando-se da dependência emocional que ocorre na relação a dois;
- libertar a criatividade e a fantasia vivenciando situações que muitas vezes não são aceitas pelo (a) parceiro (a);
- obter a erecção desejada para a realização da cópula.




"Eis o centro do corpo
o nosso centro
onde os dedos escorregam devagar
e logo tornam onde nesse
centro
os dedos esfregam - correm
e voltam sem cessar

e então são os meus
já os teus dedos

e são meus dedos
já a tua boca
que vai sorvendo os lábios
dessa boca
que manipulo - conduzo
pensando em tua boca

Ardência funda
planta em movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde

E todo o corpo
é esse movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde

E todo o corpo
é esse movimento
em torno
em volta
no centro desses lábios

que a febre toma
engrossa
e vai cedendo a pouco e pouco
nos dedos e na palma"

Maria Teresa Horta

quarta-feira, agosto 29, 2007

CONHEÇAM , EXPLOREM E FALEM !!!!!

SEXUALIDADE FEMININA - 2ª PARTE

Conheçam, explorem e falem !
Conheçam, explorem e falem !
CONHEÇAM
EXPLOREM
FALEM




Na mulher a resposta sexual feminina é muito mais complexa do que a masculina. Envolve decisão, estímulos sexuais adequados, motivação, processamento biológico e psicológico, excitação, desejo sexual, e múltiplas razões para iniciar e concordar com a interacção sexual.

Na sexualidade feminina pela sua complexidade, interagem diversos factores como por exemplo stresse, depressão, fadiga, interacções sexuais pouco excitantes, restrições sociais, inadequação do parceiro...que levam à tal AUSÊNCIA DE RESPOSTA SEXUAL.

A própria sociedade encarregou-se de atribuir conceitos discriminatórios a sexualidade feminina passando por rótulos como "mulher frígida" até como "mulher ninfomaníaca", sendo-lhe deste modo atribuído e perpetuado com um carácter disfuncional. Isto acontece face ainda ao desconhecimento do funcionamento do aparelho sexual feminino e dos factores subjacentes à resposta sexual.

ÓRGÃO SEXUAL FEMININO:( vamos recapitular de forma mais simples)

A vulva
Os órgãos externos ou genitais da mulher estão contidos numa área chamada vulva. A vulva está situada entre as coxas e encontra-se limitada pelo ânus e à frente pelo monte-de-vénus (mon púbis).
O mon púbis é a área em que se encontra coberta pelos pêlos púbicos. O orifício da vagina fica entre os pequenos lábios ( lábia minora) da vulva. São divididos em duas metades: esquerda e direita por uma fenda. Os lábios exteriores da vagina são chamados de lábia majora (lábios maiores). A pele desta superfície exterior é áspera e pilosa ( o equivalente masculino ao escroto)

Os pequenos lábios possuem uma pele suave que recobre a superfície interior. Variam de cor. Frequentemente um lábio é maior do que o outro. Normalmente ambos os lábios aumentam e acentuam a cor durante a excitação sexual. Os lábios juntam-se abaixo do clítoris.


O clítoris
Técnica e anatomicamente, o clítoris corresponde ao pénis, e tal como o pénis sofre uma erecção quando sexualmente excitado. O clítoris é muito mais pequeno, varia consideravelmente de mulher para mulher, entre 2 a 13 milímetros, mas a sua dimensão não está relacionada com a capacidade de prazer sexual.
O clítoris situa-se entre as partes da frente dos pequenos lábios. Consiste numa haste e numa cabeça, sendo a cabeça ligeiramente bulbosa, aparte final do órgão. A cabeça é muito sensível. O clítoris quando excitado enche-se de sangue e sofre uma erecção, embora para se produzir esta excitação não seja necessário uma estimulação directa. Tocando e mexendo na vulva, à volta do clítoris, e nos pequenos lábios, provoca-se uma excitação no clítoris, distendendo-se com o enchimento dos vasos sanguíneos.
Quando se pratica a masturbação o clítoris deve ser é estimulado directamente e com regularidade durante algum tempo. As técnicas variam de mulher para mulher. Algumas mulheres conseguem obter prazer manipulando a haste mas outras preferem directamente o terminal nervoso.
Durante as relações sexuais o clítoris é estimulado indirectamente pelo pénis pressionando a área da vulva. Isto pode ser muito excitante para bastantes mulheres e normalmente as posições melhores para este tipo de estimulação são as da mulher por cima ou as posições de lado. Algumas mulheres não conseguem ser suficientemente estimuladas de modo a chegarem ao orgasmo por este método e preferem uma estimulação manual directa no clítoris, quer por auto-estimulação durante o sexo, quer com a ajuda do parceiro.


A Vagina
Abaixo do clítoris está o orifício da uretra ou canal urinário; abaixo o orifício vaginal. A entrada é denominada o introitus (o hímen intacto de uma mulher virgem cobre esta entrada).
Os himens variam bastante e atribui-se uma importância exagerada a esta membrana. É o símbolo da virtude, mas se não está intacto, isso não prova que a rapariga não é virgem. Algumas mulheres virgens possuem uma entrada mais larga onde o hímen pode ter sido esticado ou perfurado face à prática de desporto, inserção de tampões ou dos próprios dedos.
Outras mulheres possuem um hímen espesso e duro, o que torna difícil e doloroso a penetração. Muitas vezes é necessário uma pequena cirurgia quando este caso se verifica.

A vagina é o caminho entre o útero e a vulva. Anatomicamente a função da vagina é conter o pénis erecto e permitir que ele deposite o sémen perto do útero, para que este possa fertilizar um óvulo. Além desta função a vagina também dá prazer. A estimulação da vagina desempenha um papel importante na excitação da mulher e na condução ao orgasmo. O espaço dentro da vagina quando não está em actividade está encostado uma à outra obliterando o espaço. As paredes da vagina possuem bastante elasticidade e são capazes de admitir pénis de qualquer tamanho.

A vagina está concebida para acomodar a cabeça de um bebé durante o parto.
Quando a mulher começa a estar excitada, a vagina é lubrificada, permitindo o aumento das paredes vaginais. Quando o pénis penetra a vagina, o espaço abre-se de acordo com o comprimento do órgão masculino.
Alem de dilatar para admitir a grossura do pénis, a vagina também pode alongar para acomodar o seu comprimento. É necessário no entanto que amulher esteja bem lubrificada para não sentir dores com a penetração.

A lubrificação genital, não acontece só com o contacto directo, mas também por pensar ou ler sobre assuntos sexuais ou ver imagens relacionadas com sexo.

A parede vaginal é formada por duas camada de tecido o forro interior que é suave e húmido e a camada exterior que é espessa. Durante o orgasmo um terço da parte exterior da vagina sofre uma série de fortes contracções rítmicas. Este musculo que rodeia o orifício da vagina e que também chega à sua parte interior, rodeando o ânus denomina-se de musculo pubio-coccígeo. Este músculo pode contrair-se voluntariamente e durante as relações sexuais pode rodear o pénis mais firmemente e provocar uma excitação adicional.

A história pessoal e as experiencias de cada mulher determinam o estádio presente do comportamento sexual.

A aprendizagem é inerente ao ser humano e a educação sexual desempenha um papel importante na vida, pois como somos também seres sexuais, a forma de vivenciarmos a nossa sexualidade está relacionada igualmente com a nossa competência sexual; é que a incompetência sexual deriva da ignorância sobre como actuar no sexo.





Conhecer a maneira de estimular o clítoris com a mão durante a auto-masturbação ou masturbação efectuada pelo parceiro, é um problema de exploração e medo de conhecer o corpo. A partir da exploração e da manipulação é que se identificam as áreas que produzem maior prazer ou desencadeiam o orgasmo.

O conhecimento de como dar prazer é muitas vezes incompleto, quer por falta de imaginação, timidez, falta de comunicação, dificuldade em dar voz às sensações...

A anatomia feminina continua ainda um grande bicho com mais de 7 cabeças para o sector masculino. Muitos homens não sabem que o orgasmo é importantíssimo para a mulher!!!!

Alguns não sabem quais são as zonas prazerosas e erógenas da mulher!!!
Muitos não conseguem entender o ritmo sgundo o qual ela deseja ser levada sexualmente!!!

Outros não sabem mais do que 2 posições sexuais diferentes!



Assim homens, explorem o corpo da vossa mulher, esposa, namorada, companheira, amiga...explorem...EXPLOREM!!!

Assim mulheres falem, falem daquilo que vos dá prazer e encaminhem as mãos do vosso homem, marido, namorado, companheiro, amigo... para aonde vos dá prazer! FALEM!!!



(artigo de Raquel Figueiredo publicado na
revista Bons Vicius)

SEXUALIDADE FEMININA






Iª PARTE
APARELHO SEXUAL FEMININO


"O aparelho genital feminino é composto por órgão sexuais externos e internos. O conjunto de orgãos externos e internos visíveis que compõe a genitália feminina é chamado vulva, ou seja, o monte de Vênus, os grandes lábios, os pequenos lábios, o clitóris.






Os Órgãos Sexuais Externos

Monte de Vênus

O monte de Vênus ou monte pubiano ou púbico é a parte da vulva constituída de tecido gorduroso e recoberta de pêlos após o início da puberdade.

Grandes Lábios

Os grandes lábios, também conhecidos por lábios vulvares ou lábios maiores, são constituídos predominantemente de tecido gorduroso. São duas dobras de peles longitudinais que podem estar revestidas de pêlos (após a puberdade) que se estendem lateralmente a partir do monte de Vênus, e que se unem em estado de repouso para cerrar a abertura vulvar.

Pequenos Lábios

São duas dobras longitudinais situadas entre os grandes lábios dotados abundantemente de terminações nervosas e vasos sangüíneos. São mais delgados que os grandes lábios e, em sua parte superior fundem-se para formar o capuz do clitóris chamado prepúcio clitoriano ou clitoridiano. Fundem-se na parte inferior, terminando a vulva, para formar a fúrcula. A coloração dos pequenos lábios em estado de excitação aumenta de intensidade assumindo um vermelho arroxeado, ao mesmo tempo em que se distendem em toda a sua extensão devido à maior irrigação sangüínea.

Clitóris

É o órgão erétil da mulher composto de uma glande e um corpo, similar ao pênis localizado na junção dos pequenos lábios no topo da fenda vulvar, logo abaixo da sínfise púbica. É uma estrutura de elevada sensibilidade devido às inúmeras terminações nervosas. É coberto pela porção superior dos pequenos lábios que formam o prepúcio clitoriano. Quando estimulado o clitóris se torna túmido de sangue aumentando de tamanho. À medida que a excitação sexual é intensificada e aproxima-se o orgasmo, o clitóris retrai-se sendo envolvido pelo capuz para retornar ao estado de repouso quando a estimulação for suspensa.

O Vestíbulo

É a região envolta pelos pequenos lábios contendo as aberturas da vagina e do meato uretral.



Os Órgãos Sexuais Internos





Hímen


É uma membrana mucosa delgada que obstrui parcialmente a vagina, popularmente conhecida como cabaço. A maioria dos estudos admitem que o hímen não possui nenhuma função fisiológica, embora outros o referem como uma barreira protectora na recém-nascida devido ao seu elevado potencial de acidez. O tamanho e o seu formato podem variar entre as mulheres. Ele pode possuir uma ou mais aberturas para permitir o fluxo menstrual após a puberdade. O hímen mais comum é o do tipo anular e o seu rompimento pode acontecer na primeira relação sexual. Os fragmentos remancescentes do hímen são denominados carúnculas.

Alguns hímens são facilmente rompidos, enquanto outros podem oferecer maior resistência. O coito não é a única condição para o seu rompimento, embora ele seja considerado culturalmente um símbolo de virgindade. Alguns hímens são flexíveis e podem ceder à penetração de um dedo. Há casos em que o hímen cede à penetração do pênis e não se rompe a não ser através do primeiro parto ou por interferência cirúrgica (hímen complacente).

Dependendo das condições do coito, o rompimento do hímen pode causar dor e hemorragia em maior ou menor intensidade. Muitas mulheres, devido à prevalência do prazer, referem não sentir dor, ou no máximo, um pequeno desconforto. A apreensão decorrente das crenças, a falta de informação, vergonha ou culpa, o comportamento inadequado do parceiro, a falta de lubrificação e possíveis experiências traumatizantes anteriores podem podem causar desconforto e dor durante o coito.



Glândulas de Bartholin

Também conhecidas como glândulas vulvovaginais, estão localizadas em cada um dos lados do orifício vaginal e produzem uma ou duas gotas de fluído. Embora estes fluídos sejam secregados durante a excitação, eles não desempenham nenhuma função importante para a lubrificação vaginal. Seus condutos estão próximos à entrada da vagina.

Uretra

A uretra é um canal de curto trajecto que estende-se desde a bexiga até o vestíbulo. É o canal por onde é transportada a urina e substância excretada pelas glândulas uretrais. A necessidade de urinar após o coito é decorrente, possivelmente, da pressão indireta do pênis sobre a bexiga ou devido à pressão da pélvis masculina sobre o baixo ventre da mulher.

Vagina

É um tubo achatado constituído por músculos e membranas cuja extensão vai da vulva até o útero, medindo aproximadamente 7,5 a 12,5 centímetros de comprimento. As paredes vaginais tocam-se em estado de repouso e alongam e distendem quando em estado de excitação e durante o processo de parto para facilitar a passagem do bebê. As paredes vaginais possuem, em toda extensão, dobras ou pregas chamadas rugas.

Durante a excitação sexual, surgem através das paredes vaginais gotículas de fluído humidificando-a totalmente. Estes fluídos são oriundos do distendimento vascular nas paredes vaginais devido ao aumento do fluxo sangüíneo, servindo de lubrificação para a facilitação do coito.

As paredes internas da vagina não possuem muitos nervos e, por isso, são pouco sensíveis. O terço externo da vagina, mais precisamente em volta da abertura vaginal, é mais enervado, portanto mais sensível ao toque.

A vulva e a vagina possuem um odor característico e que se exacerba à medida que a excitação aumenta. Em condições normais de asseio, este odor não significa necessariamente que a mulher esteja com alguma infecção ou que não tenha tido higiene apropriada. A intensidade do odor varia de mulher para mulher, servindo muito mais à excitação que à repulsa. Em casos de infecção ou irritabilidade pode ocorrer corrimentos com odores fortes e desagradáveis, sendo aconselhável uma consulta ginecológica.

Colo Uterino

É a parte estreita do útero que comunica diretamente com o fundo da vagina, possuindo uma pequena abertura em forma de boca. O colo do útero é contrátil e expansível para facilitar o processo de parto. O fluxo menstrual proveniente do endométrio, passa através do colo uterino e, daí, para a vagina e ser expelido para fora. Os espermatozóides, por sua vez, quando ejaculados na vagina, passam pelo colo uterino, útero até atingir as trompas de Falópio.

O colo uterino secreta uma substância chamada muco cervical, cujas características se modificam no transcorrer do ciclo menstrual, servindo de referência aos dias prováveis de fertilidade ou não para quem faz uso do método natural de anticoncepção denominado método de Billings.

Útero

É um órgão muscular que segue em continuidade com o colo uterino, possuindo uma cavidade que se estende para as trompas de Falópio (direita e esquerda). Possui o tamanho correspondente a um punho adulto fechado, ou seja, em torno de sete e meio a 10 centímetros de comprimento por sete e meio centímetros de largura. Sua forma é parecida com uma pera voltada com o talo para baixo. Durante a gravidez, ele chega a 27 a 30 centímetros de comprimento.

O útero possui a parede espessa que é consideravelmente extensível para hospedar um feto que desenvolve durante nove meses. Após o parto as paredes do útero se restabelece espontaneamente ao estado original de repouso.

O útero é composto de três camadas de tecido e músculo, sendo a mais interna chamada endométrio, ou seja, a que cobre o corpo uterino. Após a puberdade, o endométrio passa a ter a função de nidação para o óvulo fecundado. Quando a fecundação não acontece, os vasos sangüíneos formados para servir de meio de nutrição para o embrião, se rompem produzindo uma hemorragia transitória chamada menstruação. Este fenômeno acontece comumente uma vez por mês. A segunda camada uterina é resistente e flexível sendo constituída de músculo, recebendo o nome de miométrio. O miométrio está situado entre o endométrio e o perimétrio. O perimétrio é a terceira camada uterina e sobrepõe as duas primeiras.

O útero é sustentado e mantido em sua posição, na região pélvica, graças a três ligamentos denominados ligamento largo, ligamento redondo e ligamento útero-sacro.

Durante a excitação sexual o útero levanta-se.

Trompas de Falópio

As trompas de Falópio são dois condutos, medindo de 10 a 14 centímetros de comprimento cada, situadas uma de cada lado na porção superior do útero. Possuem um diâmetro médio de 1,5 centímetro. As extremidades superiores das trompas de Falópio se abrem em franjas, próximas aos ovários, sendo chamadas de fímbrias. As fímbrias não se comunicam diretamente com os ovários, mas os envolvem como se fossem mãos. O óvulo, ao ser liberado pelo ovário, é captado pela fímbria (direita ou esquerda - depende do óvulo que o produziu) e, daí, é transportado através das paredes da trompa sendo conduzidos por cílios existentes na extensão tubária. Os cílios são similares a pêlos e possuem movimentos que facilitam a viagem do óvulo em direção ao útero para o possível encontro com os espermatozóides e, por conseguinte ser fecundado. Em condições normais, a fecundação acontece na porção superior de uma das trompas de Falópio, desenvolvendo-se o ovo a partir daí para completar o desenvolvimento do embrião no útero.

Ovários

Os ovários são dois órgãos que as mulheres possuem, localizados um de cada lado nas proximidades da parte superior do útero. Comunicam-se indiretamente ao útero através da liberação do óvulo e captação do mesmo pelas fímbrias tubárias, estando sustentados pelos ligamentos ovarianos.

Têm a forma de amêndoas e medem aproximadamente 4 centímetros de comprimento por 2 centímetros de espessura e 2,5 centímetros de largura. Possuem duas funções importantes, agindo como glândulas de secreção interna na produção dos hormônios estrógenos e progesterona. Os estrógenos são os responsáveis pelo desenvolvimento sexual feminino, enquanto a progesterona atua no processo de gravidez, passando diretamente dos ovários para a corrente sangüínea. A outra função importante dos ovários está ligada ao desenvolvimento dos óvulos (ovulação). Os ovários, portanto, funcionam como glândulas endócrinas e como gônadas.

Ao nascer, a mulher já possui em torno de 400 mil óvulos imaturos nos dois ovários. Eles ficam contidos dentro de um envoltório chamado folículo. Ao chegar a puberdade, entre 10 e 14 anos, algumas modificações são efetuadas no interior dos folículos (por ação de hormônios) para favorecer a fertilidade do óvulo. Ao completar o amadurecimento, o óvulo é liberado pelo folículo, captado pelas fímbrias tubárias e transportado através da trompa de Falópio correspondente (direita ou esquerda) para, possivelmente, ser fecundado pelo espermatozóide. A fertilidade da mulher é transitória, começando na puberdade e terminando quando inicia a menopausa, quando os ovários deixam de processar a ovulação."

terça-feira, agosto 28, 2007

Sexo depois dos 55 ( conclusão)

E necessário que se reconheça que:
- O coito não é o único caminho para o prazer no idoso;
- O pénis e um órgão proporcionador de prazer mas não o único;
- A vagina não é o único receptor de prazer da mulher;
- Um órgão importante é a pele – tocar é bom; descubra o prazer do outro através do tacto e das carícias;
- Explorar zonas do corpo, novas posições, fantasias;
- Contemplar as sensações eróticas de abraços, beijos, carícias, massagens, olhares;
- Cultivar o gosto pelas viagens e passeios de convivência; inscrever-se em universidades para a 3ª idade, associações, clubes; criar novas actividades;
- Não eliminar a possibilidade de segundas-núpcias;
- Não deixar que a lembrança das outras relações amorosas dominem o presente impedindo/a de viver

O prazer ainda existe e persiste – cultive-o

alterações corporais na Mulher após os 55 (Lopez & Fuertes, 1999)

- Surge a menopausa
- Diminuição do tamanho da vagina, dos seios, da lubrificação vaginal;
- Distribuição da gordura deixar de ser tipicamente feminina;
- Diminuição das alterações fisiológicas que acompanham a resposta sexual;
- Alterações ocorridas na vagina poderem tornar o coito doloroso.
- O desejo mantém-se embora as reacções sejam mais lentas

As alterações biofisiológicas no homem após os 55 (Félix Lopez & Fuertes, 1999)

Ø Diminuição da produção de esperma e testosterona;
Ø Erecção mais lenta e com necessidade de maior estimulação;
Ø Elevação menor e mais lenta dos testículos;
Ø Redução da tensão muscular durante a actividade sexual;
Ø Alargamento do período refractário.
Ø Diminuição do tempo de manutenção da erecção tendendo à perda da erecção com preliminares prolongadas, a não ser se houver estimulação local e táctil da genitália masculina;
Ø Aumento da rapidez ejaculatória, perda parcial do controle ejaculatório progressivamente;

Erotismo após....

O BOM VICIO DE SER FELIZ SEXUALMENTE, DEPOIS DOS 55


cada um pode estabelecer o seu próprio conceito de idoso é-se velho quando se diz: suponho que estou velho



não existe, idade na qual a actividade sexual, os pensamentos sobre sexo ou o desejo acabem





Um idoso que desvie-se do estereótipo e que reclame uma vida sexual activa é considerado como " um louco” “um homem degradante", mesmo que ainda possua capacidades físicas para as obter. Porém o idoso é relutante em verbalizar os seus sentimentos sexuais com receio de ser considerado como " depravado ou luxurioso" o que continua a cristalizar o mito do ser assexuado que é o idoso.


A ideia de que as pessoas idosas também possam manter relações sexuais não é culturalmente bem aceite, preferindo-se ignorar e fazer desaparecer do imaginário colectivo a sexualidade da pessoa idosa.

Muitas pessoas têm dificuldade em acreditar que as pessoas mais velhas são seres sexuais, possivelmente porque isso seria aceitar que os seus pais possuem interesses sexuais...






Apesar dos preconceitos, a velhice conserva a necessidade psicológica de uma actividade sexual continuada, não existindo pois, idade na qual a actividade sexual, os pensamentos sobre sexo ou o desejo acabem .


Devido ao desconhecimento e à pressão cultural, numerosas pessoas, nas quais é intenso o desejo sexual, experimentam um sentimento de culpa e vergonha, chegando a crer-se "anormais e aberrantes" pelo simples facto de se aperceberem com vontade do prazer.

Nos idosos a função sexual está comprometida, em primeiro lugar pelas mudanças fisiológicas e anatómicas do organismo produzidas pelo envelhecimento.
Mas de um modo geral na ausência de doenças , apesar das mudanças fisiológicas e anatómicas produzidas, tanto os homens como as mulheres podem continuar a desfrutar da relação sexual. E segundo os psicólogos Gomes, Albuquerque e Nunes (1987) a regularidade sexual ao longo da vida e um bom estado de saúde física e mental são as grandes determinações duma vida sexualmente activas depois dos 60 anos .

Aliás até possui vantagens o facto de se ser activo sexualmente pois: existe um retardamento da alteração dos órgãos genitais; mantêm as secreções vaginais; permite o retardamento do estreitamento do orifício valvular; leva as mulheres e os homens a cuidarem mais do seu corpo; obriga a higiene do corpo e das zonas genitais; fortalece a auto-estima; diminui os estados depressivos; apazigua o stresse relacional; permite o bem estar pessoal e muito mais...

Uma área tabu da sexualidade diz respeito ao estereótipo de poder ser praticada em lares e instituições o que provoca que os idosos vivam em estado de celibato. Isto dever-se-á ao facto da existência de conceitos relacionados com a ignorância, crenças, mitos do pessoal técnico dessas instituições acerca da sexualidade dos idosos assim como da sua própria. A atitude de pessoal que dirige as instituições costuma por vezes ser extremamente conservadora, criando dificuldades acrescidas aos que aí residem. Esta atitude juntamente com a falta de espaços e condições adequadas fazem com que seja praticamente impossível viver qualquer forma de sexualidade dentro delas.

A adaptação comportamental do casal, no que se refere ao sexo, é a solução para a manutenção da potência sexual. As mudanças físicas do processo de envelhecimento raramente são capazes de impedir a função sexual de modo completo.


Os casais com envolvimento afectivo importante e relacionamento harmonioso, que desenvolvem muito contacto íntimo e cuidados mútuos e que se importam com o prazer um do outro, tendem a adaptar-se melhor ao declínio natural .
A sexualidade não sendo só genitalidade mas também afectividade revela a troca de afectividade entre dois seres.

Assim será necessário devolver ao corpo o prazer de funcionar , o prazer de comunicar emoções. Apesar do envelhecimento ser um processo natural , uma vida activa do idoso contribui para atenuar os seus efeitos físicos, psíquicos, sociais e sexuais na sua plenitude.

Envelhecer é um privilégio. Existem é certo, limitações que o tempo inevitavelmente faz aparecer, contudo o nosso pensamento que condiciona as nossas atitudes pode promover a fruição de sentimentos de auto-estima, de pertença e de harmonia futura.



( artigo de Raquel figueiredo publicado na revista Bons Vicius)

sexta-feira, agosto 24, 2007

O futebol e o sexo

O Futebol e o Sexo!
O bom ou mau vício, depende do adepto...

O Futebol é em Portugal um fenómeno social e a sexualidade é um elemento inerente a todo Ser humano.
O futebol, jogo entre duas equipas constituídas, cada uma, por onze jogadores com o objectivo de meter uma bola na baliza do adversário, mantêm acesso o espírito das claques.
O Futebol caracterizou-se desde cedo por ser uma esfera para ‘macho heterossexual’, regendo-se contra a sensualidade e uma certa feminilidade masculina.
Os homens eram pressionados a dominar a sua sexualidade, enfocando a sua virilidade num desporto rude, em que o objectivo seria dominar o corpo através do futebol.
As sociedades patriarcais e falocentricas como as típicas do sul da Europa, apoiam-se psicologicamente, culturalmente, sociologicamente, economicamente numa exacerbação de tudo aquilo que se vincula à figura do macho.
Esta exacerbação pelo falo (pelo pénis) encontra-se essencialmente nas sociedades mais directamente ligadas aos antigos greco-romanos: portugueses, espanhóis, italianos, árabes e todas as sociedades ao longo da bacia do Mar Mediterrâneo.
Este narcisismo centrado no falo, na virilidade, nos aspectos psicofísicos viris seria um dos sustentáculos do machismo nestas culturas, bem como do homoerotismo.
Assim podemos encontrar de forma difusa ou não certos graus de homoerotismo masculino, hipervalorizando o aspecto erótico do homem, exemplo disso são as manifestações patentes no Futebol.

O homoerotismo no Futebol é muitas vezes um investimento libidinal, da parte dos jogadores, já que eles culturalmente simbolizam o masculino através do Futebol – quase como que este desporto estivesse directamente associado à masculinidade.
O futebol permite estabelecer relações entre dois grupos de homens, os que vêem e os que jogam...
É talvez o único espaço onde a afectividade entre homens é admitida, diferentemente do que acontece no dia a dia. O estádio seja ele qual for, permite o estabelecimento de trocas de afectos, de energia, de pulsão, de camaradagem e sensação de pertença a um grupo.
Ao contrário do que acontece entre as mulheres, em que são permitidas diversas demonstrações de afecto e interacções físicas, aos homens só é permitido que se toquem para dar apertos de mão, ou para lutarem. “Homem que é homem não toca noutro homem”.

Esta afabilidade masculina quase sempre contida, quando permitida é logo expressa de uma forma expansiva, eufórica, gritante, espontânea.
Logo o futebol pode ser encarado como um catalizador dessa afectividade reprimida.
É igualmente notório a repulsa, agressividade e violência para com os adeptos dos grupos rivais que quase sempre se fazem acompanhar de adjectivos como ‘bicha’ e outros de conteúdo mais explícitos. Ou seja, a feminilização do outro é recorrente. O outro é assim destruído-aniquilado-sodomizado como forma de ‘diversão’.
O futebol caracteriza-se como um ritual colectivo com o culto a um determinado tipo de masculinidade.

Assim o futebol é muito mais do que um jogo servindo como expressão simbólica, em que as significações do jogo de Futebol ultrapassam os famosos e longos 90 minutos – sendo um espaço de interacções entre pessoas prevalentemente do sexo masculino.
Igualmente aceite e ironicamente dito em piadas é o facto de que quando a equipa futebolística perde quem acaba por ganhar é a mulher: “um olho negro”.

É facto aceite de que o macho viril tem que descarregar a sua tensão negativa nalgum alvo.
Portanto, o DESPORTO REI não é apenas um desporto mas funciona como um pilar organizador de relações sociais, um codificador das condutas masculinas com regras de sociabilidade e fidelidade entre homens, que permite exercitar o convívio entre iguais; com códigos de símbolos e palavras que deixam qualquer mulher não habituada a vê-lo na televisão bastante confusa.

Por outro lado o futebol também funciona como catarse para algum público feminino. Futebolistas como David Beckhamn, Luís Figo, Simão, Vítor Baia, Nuno Gomes, Ronaldo, Zidane, Raul, levam muitas mulheres a sonhar com estas estrelas dos pés dourados com penteados da última moda, carros supersónicos, contas bancárias astronómicas e a outras até a gritarem pela equipa do coração.

Existe o campeonato Mundial e o Europeu.
Existem o campeonato da liga e a champions league. Existe a taça de Portugal e a taça uefa !!! ufa !!

Lá dentro várias equipas dentro de estádios disputam um triunfo, um símbolo de potência e virilidade.
Apalpões dissimulados, olhares de tigre, palavras ao ouvido, convites para irem a locais bem insólitos , é esta a linguagem existente num campo verdejante sob forte holofotes!

Cá fora as esposas, namoradas e concubinas destes novos ricos exibem as últimas modas e tendências.
Vão a desfiles, aparecem nas revistas a mostrar as suas vivendas de luxos com os seus filhos. Vão para o estrangeiro a divulgarem o melhor que existe em Portugal !!! hummmm !! vão ao supermercado nos últimos modelos das marcas mais caras de carros !
Ficam sem ver os seus maridinhos durante a temporada em que os meninos jogadores estão em abstinência total !! fazer sexo antes do jogo cansa muito os jogadores...não sou eu que o digo!!!

A média aponta-nos constantemente coscuvulhices acerca de um mega patrão do futebol e da sua concubina! Os confrontos constantes de ambas as partes invade-nos o nosso doce lar !
Antes a história de contos de fadas de uma pobre menina lourinha desamparada num bordel arrebatada por um mega morcão era capa de revista e até dos nossos melhores jornais. O facto de um senhor já de cabelos brancos, respeitado e temido, andar embasbacado por uma doce menina era tema de conversa de todo o tuga! Bem, nada mais do que um homem e uma mulher estarem apaixonados !! O problema era sobretudo envolver um negócio absurdo e astronómico e com alguns pontos de interrogação, em que tudo tem que ser notícia! O facto de este senhor fazer sexo com uma menina desamparada era avassalador ! e mais avassalador é o facto de esta menina desamparada escrever um livro a contar todos os segredos íntimos do leito !

Mas isto não é o que acontece com muitos casais quando se separaram ou divorciam ?Lavar a roupa suja !!!

Também não nos podemos esquecer aquando do campeonato Mundial da existência de um mega-bordel de 3000 m2, com capacidade para acolher 650 clientes, construída ao lado do principal estádio do Campeonato do Mundo de Berlim, assim como “cabanas do sexo” que permitiram aos adeptos libertar o stresse da vitória ou da derrota e demonstrar a sua capacidade de macho viril.

Face ao elevado número de adeptos cerca de 40 000 mulheres da Europa Central e da Europa de Leste foram “convidadas” para servir sexualmente os milhões de espectadores.

Do outro lado tivemos uma campanha publicitária Suiça em que formosos suíços semi-nus tentaram atrair o público feminino para as suas belas paisagens, já que os seus maridos estiveram demasiados ocupados com o futebol.

O futebol movimenta tensões libertadas na arena e fora dela. Até quando ?

( parte deste post foi retirado do artigo de Raquel Figueiredo, publicado na revista Bons Vicius)









sexo levado a público

sexta-feira, agosto 17, 2007

Complexidade da Sexualidade feminina ! Os príncipes encantados

É necessário compreender que determinados comportamentos, e no caso presente, comportamentos sexuais, se integram ou não se integram no dinamismo da construção da personalidade da mulher .
No que se refere à expressão de desejo e do orgasmo, até ao início deste século, as mulheres que sentissem ou expressassem tais necessidades eram consideradas portadoras de algum tipo de psicopatologia, necessitando de acompanhamento psiquiátrico. Posteriormente com o passar dos anos o desejo e o orgasmo feminino passaram a ser uma possibilidade.
A partir dos anos 60, a actividade sexual, voltou-se mais para as realizações de prazeres pessoais; a reprodução não mais possuía, como anteriormente, valor incondicionalmente positivo, em função da preocupação com o aumento populacional.
Porém continua-se a afirmar e a teorizar que os homens tendem a sexualizar e as mulheres a romantizar as experiências de desejo sexual.
Culturalmente, socialmente e até individualmente acredita-se e divulga-se que, para todos os homens o desejo sexual nasce do acto físico do sexo e que, para TODAS as mulheres o desejo sexual e a própria satisfação sexual estão na base do amor e da intimidade emocional .
Ou seja a tal procura incessante que todas nós mulheres devemos fazer: Procurar o tal príncipe encantado, montado num cavalo branco. Esse cavaleiro fará a mulher muito feliz para sempre ... Mas e o sexo? Que história encantada permite que a mulher saiba que esse príncipe encantado afinal não se transformou num sapo ?
Afinal só sabemos é que eles viveram felizes para sempre! Nunca saberemos se a Cinderela, a Bela adormecida, a Xerazade, (a contadora de histórias encantadas das Mil e uma noites, que com seu poder discursivo, encantou e transformou o rei Xerir ), a princesa Fiona ( do filme Shrek), a Branca de neve, a Julieta, e tantas outras personagens da literatura e dos filmes, foram sexualmente satisfeitas...
Até há bem pouco tempo, representou-se a mulher em figuras femininas que se destinaram apenas à entrega total, e ao amor e colaboraram subservientemente para a construção do macho.
Nessas histórias da carochinha (já que João Ratão caiu no caldeirão ) no encontro dessas personagens, somos levados a acreditar que se surpreenderam num amor repentino, fora da norma, que deixaram-se levar pela paixão, sendo obrigadas a lutar contra terríveis dificuldades para ficarem juntos.
Existe algo de mágico e de fantástico nesses contos que deixa as mulheres sonhando acordadas, desejosas de um príncipe que resolva tudo nas suas vidas por amor. Esse encanto vem da correnteza de acontecimentos que, mesmo através de desvios tortuosos, arrasta tudo até a um final maravilhosamente feliz.
Ou seja, esta forma de contar uma história acaba revelando, nas entrelinhas, de forças mais poderosas que as tradições e os deveres sociais, por mais opressores e permanentes que estes pareçam. E demonstra que essas forças arrastam as duas pessoas apaixonadas por um rio de acontecimentos, tentativas variadas até finalmente desembocar na felicidade.
Acreditar, mesmo que por poucos instantes de leitura ou de visionamento de um filme, que a vida pode-nos arrastar para uma paisagem maravilhosa, onde a mulher será amada e respeitada, e o homem será um santo homem que a fará feliz essa é, talvez uma das funções das histórias de amor.

Porém muitas das mulheres deste país julgam que nunca poderão ser felizes no amor e/ou sexo, no mundo real das contas a pagar, nas casas que não são palácios mas o máximo do luxo é um T5 com 2 lugares de garagem, nos relacionamentos em que a falta de conversa, a rotina, o futebol ao domingo e a telenovela todos as noites, conduzem a um INFELIZES-PARA-SEMPRE, se não forem capazes antes de criar uma imagem de felicidade - uma imagem de fantasia...de que um dia vai tudo correr bem...
Lá, no mundo do faz-de-conta, a felicidade pode ser perfeita e maravilhosa, mas o pior surge quando se constata com a realidade vivida todos os dias.
Hoje as mulheres talvez ainda procurem o seu príncipe encantado, mas quando encontram algo semelhante a esse fenómeno largam-no mais facilmente aos vários sinais de coachar do sapo do que as suas mães ou avós.
Assim a princesa (que todas as mulheres se julgam) vai procurando um príncipe que mais ou menos aceda a esse mundo imaginário de felicidade; o problema é que quando as dificuldades, a acomodação, o desinteresse, os diferentes ponto de vista, (etc.) surjam sem que se saiba que arma usar...
Ao nível da vida feminina é preciso notar que não é só a parte afectiva, profissional, a lida de casa, o papel de mãe e de esposa, mas também o importante papel da «vida psicosexual» que atravessa fases de educação, de evolução e de amadurecimento (Alferes, 1994) é igualmente fulcral para a princesa se sentir feliz.
A mulher tembém deve ser exigente com o seu príncipe encantado no aspecto sexual!
Ainda que muitas mulheres experimentem períodos de dificuldade relativos à sexualidade sobretudo ao nível da excitação e do orgasmo, a maioria das relações sexuais satisfatórias são funcionais na maior parte.
No entanto também aqui o importante é o julgamento subjectivo de ambos os parceiros.
O certo é que muitas mulheres tendem a considerar de forma significativa o grau de intimidade, relação e razões emocionais quando avaliam o comportamento sexual!
Para a mulher a centralidade do envolvimento emocional ainda é caracterizado como o fundamento das relações sexuais; o interesse sexual requer geralmente algum conhecimento do carácter e algum envolvimento do parceiro. A intimidade poderá resultar algumas vezes em sexo. Ou seja, o príncipe encantado tem que ter muitos mais atributos do que dois palminhos de cara e três de corpo...o que está dentro do pacote conta muito mais...
Na satisfação sexual da mulher contribui a autoconsciência e a aceitação sexual que ela sente em relação ao seu parceiro, interesse, prazer e as preferências sexuais assim como a aceitação da componente física incluindo a imagem corporal.
Uma auto-imagem corporal positiva é importantíssimo pois implica a sensação de que o corpo é merecedor de apreciação, e a sensação de que as zonas erogenas e genitais e as suas respostas físicas são pertença própria e não mero produto do parceiro (vulgo príncipe encantado). Mimem a princesa!
As mulheres com uma satisfação sexual elevada possuem uma elevada satisfação relacional (Lawrance & Byers, 1995); em que a comunicação e a expressão dos desejos sexuais afecta tanto a relação sexual como o próprio relacionamento, pois facilita a proximidade e intimidade relacional.
Normalmente o nível de satisfação sexual baseia-se em dois factores: o grau geral de satisfação obtido com as interacções sexuais actuais com o parceiro; e até que ponto as expectativas relativas ao que deveria ser uma relação sexual correspondem à realidade. Para a maioria dos casais em relação, uma relação sexual satisfatória inclui prazer partilhado e um grau razoável de correspondência de expectativas.
A maturidade da relação afectiva surge com a capacidade de entrar numa relação que respeite a alteridade do parceiro sexual. Encontramos assim o ponto de junção entre o sexo e o afecto; a sexualidade física procura espontaneamente o sexo físico, mas a sexualidade atravessada pelo afecto e pelo apego encontra sexualmente o outro pela mediação do afecto.

(artigo de Raquel Figueiredo, publicado na revista Bons Vicius)











Sonhos das noites de Verão

O Verão chegou...há já mais de 1 mês
Assim como a loucura da ida às praias, da procura das festas-in de verão, dos biquinis, das esplanadas da moda, das discotecas da moda, da roupa da moda...O Verão chegou e sente-se calor ( Tem Dias!!!!) mas também sente-se no ar uma certa ansiedade...
Durante 5 meses o português reclamou pelo calor, pela cerveja gelada na esplanada, pelas filas intermináveis para chegar à praia da moda, pela bela onda, por caminhar na praia, por andar de bicicleta, por a cidade estar vazia já que quase todos rumam ao Algarve... mas também pelos amores de verão.
Verão é a sensação de se puder divertir, de experimentar novas emoções e sensações, relaxar e viver experiências divertidas, e muitas vezes inesquecíveis. Quase como só se pudesse experenciar tais coisas no Verão!!!
Sim, o facto de muitos estarem de férias, e não pensarem no trabalho, em chefes mal dispostos e exigentes, no salário curto, nas filas de trânsito ( para o trabalho) na esposa “mal encarada e tremendamente chata e sempre com dores de cabeça”, no marido com “barriga de cerveja e que já não sorri há séculos”, permite pensar que o VERÃO É OUTRO Planeta ... quase como o ir de férias permitisse apagar todo o resto do ano.
No Verão o Cupido anda no ar, possibilitam-se muitos encontros, há muita música, dança, e corpos semidesnudados. A lua parece mais chamativa!
Adolescentes, jovens e adultos, estão disponíveis para esses fantásticos encontros que no ambiente em que vivem o resto do ano parece não acontecer. Uma das razões para tal acontecer dever-se-á à sensação de liberdade que propicia o envolvimento. Á sensação de distância do território convencional e da rotina do dia –a –dia. A maioria quer apenas curtir o momento e não viver um relacionamento convencional, pelo menos durante esse tempo. O que acontece depois, fica a critério do destino, embora a grande maioria dos envolvidos não se reencontre mais.
O sexo veraneante acontece de uma forma mais imediata, sem restrições, obedecendo-se apenas aos seus impulsos. Nesse caso pode ficar apenas por aquela noite fantasticamente tórrida ou tornarem-se parceiros durante o Verão ou férias. Outros, talvez por serem mais românticos, após se encontrarem, desenvolvem jogos de sedução em busca de afinidades enquanto decidem se querem ou não entregar-se nos braços um do outro. De qualquer forma qualquer que seja o número de parceiros que o momento propiciar é fundamental usar preservativo, pois evitará muitos dissabores de uma eventual DST ( doença transmissível sexualmente), bem como prevenir uma gravidez indesejável, que ocorrem muitas vezes aquando do fulgor das noites de verão.
O Verão é sinónimo igualmente de muita dose de dor cabeça para muitas mulheres. O mundo da moda exige que um corpo feminino não tenha celulite, estrias, gordurinhas, pneus, que tenha uma cintura delgada, que tenha pele de bebe, que tenha um bronzeado espectacular e que consiga sempre vestir a roupa fantasticamente curta e ousada. Assim assistimos a peregrinações fanaticamente religiosas a ginásios, health-cares, solários, clínicas de emagrecimento, centros de estética e mais uma panóplia de “santuários” onde o objectivo é a PERFEIÇÃO DO CORPO.

A mulher vê-se assim subjugada pelo corpo, objecto de desejo sexual, em que parece tudo resultar. O corpo: está riginho; as unhas: na perfeição; a depilação: definitiva; o cabelo : com o corte da moda e nutrido; a cara: sem uma ruga; o peso: perfeito.

Mas o facto de se cuidar do corpo não se signifique que se deva descurar da parte invisível mas que é o motor de arranque de qualquer vida: o sorriso e o bem-estar consigo própria. Isso sim é o Verão da alma!

Ao nível da vida feminina é preciso notar que não é só a parte afectiva, profissional, do culto do corpo, a lida de casa, o papel de mãe e de esposa, mas também o importante papel da vida psicosexual que é igualmente fulcral para todas as princesas se sentirem felizes.

A mulher é Verão, Primavera, Outono e Inverno e os homens têm que ser um pouco mais compreensivos e adaptativos a essas mudanças e alterações. Não é só por estar Verão que qualquer “Zeze Camarinha” terá uma mulher nos seus braços por uma noite fantasticamente tórrida e alucinante.

Na mulher a resposta sexual feminina é muito mais complexa do que a masculina. Envolve decisão, estímulos sexuais adequados , motivação, processamento biológico e psicológico, excitação, desejo sexual, e multiplas razões para iniciar e concordar com a interacção sexual.

(artigo Raquel Figueiredo , publicado na revista Bons Vicius )



Já agora usem muitas camisinhas, preservativos !!!! estamos de férias mas as doenças nunca o estão !!!






O ser humano não sabe estar só !!!

Como se desenrola? vejam bem o video

Aprender a beijar !!! Beijem muito

Vamos falar de sexo ????

Na busca de um "verdadeiro" orgasmo, a mulher procura desesperadamente o seu famoso ponto G e ensina-se através de programas e revistas uma ginástica sexual para melhorar o seu desempenho. O homem observa o tamanho do pénis, apesar de já saber quer através das conversa entre amigas, quer através dos programas e revistas, que o tamanho não é significativo para um melhor desempenho sexual; também em relação à raça, acreditava-se que o homem negro tinha um desempenho maior, hipótese já descartada.
E assim, vamos falando de sexo, significando este falar a indicação de como fazer sexo. Se o fazer não corresponde ao que a ciência diz, procura-se a ciência e todos os manuais e mezinhas para o fazermos na perfeição.
O orgasmo passa a ser democrático, para todos, portanto é necessário alcançá-lo. Para ser sexualmente realizado e feliz, é necessário conseguir-se muitos e bons orgasmos, o orgasmo passa, de um direito, a um dever, o dever do orgasmo.
E dever de todos, visto tratar-se de “democracia sexual”.
Se este direito/dever de ser feliz não ocorre tem-se os sexólogos para salvar, prescrever, receitar, orientar, ensinar, teoricamente (?!)
A sexologia receita como fazer sexo, qual a melhor posição, fala-se nas revistas, na televisão, no cinema, no teatro, no bar e no café; as proibições são minimizadas ou até mesmo inexistentes, o que antes era uma aberração, hoje não é mais. Liberdade sexual? Repressão sexual? Ou proliferação de um discurso sobre sexo?
Exemplo disso é o caso da masturbação, que anteriormente condenada historicamente como uma doença, passa agora a ser aconselhada. O perigo desta prática do prazer (onanista) foi perseguida como uma doença capaz de comprometer toda a espécie humana, deixa de existir, passa de doença para prática saudável, até mesmo necessária. De condenada passou a ser pedagogicamente recomendada.
E se os homens a praticam, porque não as mulheres?
Passamos de um discurso em que só é possível amar outra pessoa, amando a si mesmo já que a sexualidade é uma dimensão e uma expressão da personalidade.
Tocar-nos primeiro e depois tocar no outro..."
"...A sexualidade é fundamental na identificação (é a sexualidade que nos faz sentir bio-psico-social como homens ou como mulheres); na relação amorosa (a sexualidade é uma forma de expressão física do amor e reforça a relação amorosa); no desejo e no prazer (a sexualidade é responsável por desejos extremamente intensos e por um prazer que acompanha os pensamentos e actividades sexuais e na reprodução (é através de relações sexuais que salvo em casos especiais um homem e uma mulher podem gerar um filho);.
A sexualidade contribui então significativamente para o nosso bem-estar e amadurecimento psico-afectivo.
Mas então o que é a felicidade sexual?

(artigo de Raquel Figueiredo, publicado na revista Bons Vicius)
É certo que este filme tem uns aninhos, mas muitos homens ainda acreditam e defendem a teoria...
Valha-nos a Maria e a Crónica Feminina!!!